Onde há muito mais de nós mesmos...

Por Regiane Litzkow



Lonely

Ando me sentindo muito sozinha ñ no sentido de estar sem companhia, amigos ñ me faltam, mas me sinto sozinha comigo mesmo, c meus ideais q parecem ñ serem comum a ninguém... Como naquela música; "envelheci dez anos ou mais nesse último mês"... Pois é desse jeito, estou cansada, sem estímulo p nada (nada mesmo)... Meu mundo agora se resume no meu quarto, quando ñ vou ao hospital passo o dia inteiro de pijama, acordo por volta de 12:00 , leio,leio, ouço as mesmas músicas..penso nas mesmas coisas, volto a ler e por aí vai até a hr do programa do Jô, q é a única coisa que tem me interessado na tv..Intenet? Cara, nem acredito q eu virava noites nisso, hoje tenho preguiça de entrar no msn, só de imaginar aquele monte de janelinhas laranjas piscando p mim e aquelas conversas sem nexo nenhum só p teclar mesmo, ah não!!Sair de casa? Nem por 1 milhão de dólares! O pouco cabelo q me restou, ñ vê escova ou pente há semanas... Não sei por que, mas acho que esse comodismo todo tem me feito bem, estou menos ansiosa e inquieta, mais leve e vendo a vida de um jeito despreocupado... Eu sempre tive medo de ficar só, de me tornar uma pessoa sem graça, só q existem ocasiões em que a solidão é extremamente necessária, e este é o meu caso, alguém essa semana disse q estou deprimida, mas asseguro que não, eu estou bem assim quietinha no meu canto, aprendendo muito com os livros, buscando outra dimensão,ás vezes a gente passa por fases em q lidar c as pessoas se torna algo complicado e quanto mais amamos essas pessoas mais complicado fica, eu sempre busquei ser uma pessoa amável c todos e quando ñ posso me doar por completo prefiro me distanciar..E nesse momento eu quero expandir meus conhecimentos, melhorar como pessoa , mas p isso preciso ficar mais um tempinho no meu casulo, quem sabe eu ñ deixo de ser uma lagarta cinzenta e me trasformo numa bela borboleta cheia de côr e vida...Por enquanto vou ficar aqui curtindo passo a passo dessa metamorfose.
Ouvindo a música perfeita:

Ana carolina-O aveso dos ponteiros

Sempre chega a hora da solidão
Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente nem nota que a Lua muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa-metragem
O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai mais ao cinema
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...
A idade aponta na falha dos cabelos
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário
O tempo faz tudo valer a pena e nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início deixa de ser início
E vai chegando ao meio

0 comentários: