Onde há muito mais de nós mesmos...

Por Regiane Litzkow



DIALÉTICA



"É claro que a vida é boa

 E a alegria, a única indizível emoção

 É claro que te acho linda

 Em ti bendigo o amor das coisas simples

 É claro que te amo

 E tenho tudo para ser feliz


 Mas acontece que eu sou triste..."


Vinícius de Moraes

2 comentários:

Dennys Távora disse...

Regi querida, retribuo-lhe o instante poético com um outro poema do genial Vinícius de Morais. É mesmo badalado que o "Soneto da Fidelidade", mas também muito belo. Beijo carinhoso.

SONETO À LUA

Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tampouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!

Dennys Távora disse...

Regi querida, retribuo-lhe o instante poético com um outro poema do genial Vinícius de Morais. É menos badalado que o "Soneto da Fidelidade", mas também muito belo. Beijo carinhoso.

SONETO À LUA

Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tampouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!