Onde há muito mais de nós mesmos...

Por Regiane Litzkow



Por que não?


Fim de noite, febre alta, e eu aqui compenetrada em defender minha tese, a tese do NÃO:
Eu o vejo sempre associado ao fracasso:
Ela não passou no vestibular. Eu não sei dançar. Ele não sobreviveu. Eu não tenho um carro...

Olhamos o paradoxo:
Ele não passa fome, Eu não gosto de sertanejo. Nós não somos idiotas. Eu também não gosto de você...

Sendo assim, eu não entendo porque ele é visto como vilão, e porque o tememos tanto...
"NÃO" sempre nos abrem portas, á eles se devem muito de nossas histórias, apesar de ninguém fomentar isso. Quando respiramos fundo e dizemos NÃO é que realmente somos valentes, corajosos e ousados...
É o NÃO que nos liberta!

1 comentários:

Dennys Távora disse...

Regi querida, o NÃO é visto como malefício quando ligado à alguma ausência ou frustração. Mas concordo com você! Mais do que uma questão meramente semântica, é mediante o NÃO que nos afirmamos, somos nós mesmos e até promovemos transformações. Dizemos: NÃO à destruição da natureza! NÃO às drogas! NÃO à corrupção! NÃO à impunidade! NÂO à pedofilia! NÃO à prostituição infantil! NÃO à violência! Antes, dizíamos NÃO à ditadura! E vai por aí... O NÃO é, no fundo, uma afirmação de nós mesmos e do que queremos muito mais do que uma mera negação!
Beijo carinhoso.